quinta-feira, 14 de junho de 2012

Enquanto Dilma se omite, UE atuará pelos LGBTTs em todo o mundo

Enquanto a Presidenta Dilma prossegue em seu silêncio desqualificador sobre as violências praticadas contra travestis, transexuais, gays e lésbicas; enquanto o nosso Congresso se mantem refém da ínfima bancada Evangélica...

De: Todos contra a homofobia, a lesbofobia e a transfobia


Nesta quarta-feira o Parlamento Europeu aprovou Resolução criando a Representação Especial para os Direitos Humanos, com atribuição de lutar contra todas as formas de discriminação - seja deficiência, origem etnica ou racial, orientação sexual ou identidade de gênero. 
Em outras palavras, da mesma forma que deveria também ser aqui no Brasil, dado que nossa Constituição desde 1988 assim o determina. Mas  até os dias atuais, entretanto, o bloco evangélico e católico vem conseguindo impedir a promulgação de lei criminalizadora dessas práticas, como determina o inciso XLI do artigo 5º de nossa Carta Cidadã.

Essa Representação Especial foi criada pelo Parlamento da UE com uma missão prioritária: Garantir a eficácia dos Direitos Humanos das populações de travestis, transexuais, gays e lésbicas emk todo o mundo, em qualquer que seja o lugar em que se verifiquem violações.

Significa dizer que ao invés do tradicional critério territorial, essa Representação Especial, que ficará a cargo da Alta Representante para Assuntos Exteriores e Política de Segurança, Catherine Ashton, atuará a partir de sua área temática.

Segundo os termos da Resolução, ela deverá atuar de maneira "forte, independente e flexível" - precisamente o que não acontece no Brasil, onde, humilhados, vemos as maiores autoridades do Executivo Nacional se submeterem à visão de mundo do bloco teocrata e, assim, acovardadas, não se empenharem na aprovação da Lei Complementar antidiscriminação (PLC 122/06), além de negarem a divulgação e distribuição dos materiais  produzidos (com recursos públicos) para campanhas de combate às práticas discriminatórias motivadas pela homofobia.

Se pronunciaram sobre a sua criação os dois copresidentes do Intergrupo LGBT do Parlamento Europeu. Ulrike Lunacek, felicitou a União Europeia pela decisão, comentando que a UE jamais havia se manifestado de forma veemente contra as violações de direitos em relação à população LGBT.  Na ocasião, Ulrike manifestou-se confiante de que a pessoa a ser escolhida para ocupar o cargo desempenhará as suas funções de maneira postura decidida e forte. Já Michael Cashman insistiu nessa mesma ideia e se mostrou confiante de que Catherine Ashton acertará em sua escolha para o cargo.

Enquanto isso no Brasil, a Presidenta que jurou ser uma intransigente defensora dos Direitos Humanos preferiu - depois da vergonhosa frase que proferiu em maio do ano passado - adotar a política do completo silêncio.

Se omitiu no dia mundial de combate à homofobia (17 de maio), na abertura da II Conferência Nacional de Políticas Públicas para LGBTs e, pelo andar da carruagem, tambem se manterá no mesmo silêncio aviltante daqui a duas semanas, em 26 de junho, quando se comemorará o Dia Internacional de Luta LGBT.

 E o Brasil ainda pretende ser tratado como uma liderança em termos internacionais...

Parodiando o Boca do Inferno, Gregório de Matos, Tristre Brasil!


Referência:
http://www.enewspaper.mx/archivos/71921?utm_source=feedburner&utm_medium=twitter&utm_campaign=Feed%3A+enewspaper+%28eNEWSPAPER%29


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